Dos seus olhos, com a possibilidade da íris e de me perder no globo branco, com a possibilidade de me ajustar a sua pupila e de ali permanecer, no meio do verde dos seus olhos marcados por manchas caramelo, da imensidão instaurada no meio da sua face dentre milhares de outras, e que me escolhe e me traga.
Percorrer os limites da mácula, chegando ao nervo óptico e entender que chegamos ao ponto máximo que poderíamos avançar, marinheiras desavisadas que somos, extrapolando a barreira, virando imagem invertida a ser reconfigurada pelo coração - que o cérebro não daria conta.
Esquecer dos seus óculos, da sua maquilagem, do seu pó, do seu rimel e lapís borrados, e me enquadrar no meio da sua vida, da sua identidade.
Fugir para o côncavo dos seus olhos, me fazer presença, corpo estranho dentro do seu.