Sorri com os olhos pequenos e puxados, enquadrados pelos nossos cabelos que se misturam, encosta a cabeça no vão formado entre a minha e os ombros. E estacionam o carro no limite entre a areia e o asfalto quentes, bem onde fica nosso coração, e não nos importamos com as palmeiras e as crianças com seus baldinhos de areia e os castelinhos desmanchados pelas ondas do mar, e nos olhamos de perto, naquele ponto onde os quatro olhos viram apenas um, e rimos, soltas, alegres, e dentre suas pernas presa, sentindo o sol quente nos seus ombros e na altura dos meus olhos.
E não nos importamos mais se a chuva se arma sobre nossas cabeças, se os guardas-sol podem ser lançados ao longe pelo vento forte e se podemos ser devoradas pela imensidão azul, contidas dentre os braços de um abraço.