por todo sempre do infinito

-Por mim, que mil raios partam essa joça! Pouco me importa, pouco importa! Já se é tudo perdido, e se pra sempre não é medido no cronos e sim no kairos, digo mais de uma vez: é pra sempre que nunca mais piso nesse lugar!
-Mas as coisas não são assim e amanhã vai ser outro dia.

-Deixa de música, deixa de poesia pro meu lado. Quero saber disso hoje não, nem nunca mais pra sempre digo que não quero poesia.

-Nem de mim.

-Nem de mim.

-Dorme, dorme, que logo passa.

-Tenho vontade de dormir não, mas de morrer.

-Mas, por que isso, por que disso?
-Porque somos todos uns abandonados, e sozinhos.

-Mas eu to aqui

-Está e não tá. Como todas as coisas.
-Te amo.

-Pros raios seu amor, e o meu, e o que sentimos e o que não sentimos. Que mil raios partam!