domingo, 14 de fevereiro de 2010
Te sinto assim tão frágil que tenho vontade de te pegar com meus dois braços, te prender entre minhas pernas e dizer dorme que a dor logo passa, e ver você rindo, perto do meu rosto, desse clichê que te disse. E quando sua respiração tiver pesada de sono, vai abrir um sorriso tão bom nesse meu rosto, nesse meu coração que vou esquecer que logo o sol nasce e te tira de mim, e quem te ver, vai só visualizar seu vestido de florezinhas laranjas e amarelas, a trança bem feita o rosto lavado e eu vou te olhar e dizer como cresceu, meu deus, e somente quando tudo for embora de novo te vejo ali, pequena, que cabe na minha mão, grande entre meus braços e vou dizer que um dia tudo muda, um dia vem um grande amor. E cada dia vai desabrochar um pouco, e mais um pouco, até finalmente ser flor completa, virão e te levarão do meu jardim e você vai me virar com todos seus espinhos e dizer que não me pertence, nunca foi, e independente do cuidado que tive com você, em um ultimo espinho fatal, me dirá adeus para ir morrer no vaso da sala de outra pessoa, até que eu veja você morta, sendo jogada fora, te pegarei, guardarei no meu livro; única testemunha da sua existência.
