quinta-feira, 23 de julho de 2009

A mala de mão na estação ferroviária, e os vagões chiando nos trilhos. Passagem de apenas ida, só queria fugir daquele lugar, na tentativa de fugir de si mesma; fugir? o que era fugir?
A bola de baseball na bagagem lhe conferia um toque literária, e Holden estava ali, eu estava ali, mas ninguém. Claro que os heterônimos me lembraram da impossibilidade da solidão, mas como estava sempre só. (?) Claro que não. Claro que sim.
Os campos corriam, as árvores corriam e eu estava parada. Nunca aprendi física para dizer que estava em movimento. Estava parada, porque a Virginia à mão lhe dizia não há paz fugindo da vida. Não havia mais solução, e ria disso, ria tanto da ausência do que fazer que chorava por sua ausência.