Tereza evitava aglomerações, movimentos bruscos, entraves nas calçadas. Ficava feliz ao ser lembrada por conhecidos; receber cartas pelo correio e rasgar docemente o papel pardo para chegar ao seu meio, ligações doces e promessas sonhadoras. Colocava seu vestido mais bonito, estampa de sorriso no rosto, andando na rua. Sorria para desconhecidos, emocionava-se ao ver as flores caídas e olhava para cima ao ventar; sentir cair as folhinhas no seu cabelo bagunçado, perdidas em si agora.
Tereza que tinha o peso nos ombros da mochila pesada, e o Sol à pino bronzeando os ombros. Sentia o coração dolorido e inconformado no peito. Deitava na varando e se tornava em romance de prateleira, sentia uma angustia de morte, levantava cansada e apoiava a cabeça nos joelhos fechando forte os olhos para nunca mais abrir.
Tereza com flor murcha atrás da orelha, correndo de si mesma e da vida. Tereza.