sexta-feira, 12 de março de 2010
Acordando na cama pela manhã, segurando o café amanhecido na cômoda, limpando a borra da capa do livro, seu único amante. Tomando banho com a água gelada do chuveiro, secando-se na umidade de um banheiro pequeno, café quente queimando o céu da boca. Ônibus lotado e bolsa tiracolo; Tereza! Tão desse e daquele mundo, longe, que eu não conhecia, usando cores e poesia a fiz assim e de gastar horas imaginando seus livros, seus filmes, seus nomes; Tereza! Desesperada na madrugadinha esperando algum ônibus na Augusta, perdida entre sua fantasia de carnaval e a esperada pela quarta-feira de cinzas, pés descalços, vestido branco; Tereza! Com sua saia de retalhos e livros agarrados, sempre tão consigo, sem espaço ao lado no ônibus. Minha Tereza, minha Tereza, 'pra que tanta poesia?