sábado, 12 de dezembro de 2009
Um azul profundo;
Ela agora fitava bem os olhos dele e sabia que era, era agora que se renderia ao exército inimigo. Por muito tempo ignorou o simples fato de que nunca se vence essa batalha do amor; ela fitava bem os olhos dele e ela sabia que podia entregar suas armas. Aprisionada entre seus braços sentia-se mais livre do que nunca, despida de suas armas sentia-se mais segura do que nunca, abandonando a literatura por minutos e toda a sua dor, sentia-se bem, livre; e ria feliz, leve, movendo-se um pouco para frente por esse simbolismo agora, nesse exato momento. Ela olhava bem para aqueles olhos na sua frente, sem nenhuma distância, e sabia que podia continuar, podia prosseguir, com muita vontade, com desejo, acompanhada. Ela, agora, não tinha mais medo da vida, de palavras desinformativas; era mulher somente por olhar aqueles olhos na frente dos seus até se perder neles e começar a achar que era dela mesma aquele belo bar em um salão.
