E ao não encará-lo e baixar os olhos para os dois pés nos sapatos sujos da passada travessura, seus olhos encheram-se de lágrimas pela vergonha do que havia feito. Não havia tido jeito de disfarçar o cheiro azedo do vomito pela casa toda, não tinha tido jeito de disfarçar nada, nada. Está tudo, mais uma vez explícito. Ela, que tinha tido sua felicidade esperada por tanto tempo, e a teve nas duas mãos, tocado-a, visto-a, personificado-a e, finalmente, vomitado felicidade como sempre apenas havia sonhado; vomitou totalmente a felicidade, sem qualquer vergonha. E depois de ter vomitado, tinha pego tudo entre as mãos, nadado na sua felicidade, que era tão, mas extremamente rara.
Agora ela tentava se livrar de tudo aquilo; que era somente felicidade e agora que a tinha sentia uma vergonha intensa de tê-la e tentava limpar a casa para que o cheiro azedo não mais estivesse presente.
E ela não podia olhá-lo nos olhos, não mais, somente para seus pobres sapatos.
