sábado, 10 de outubro de 2009

A menina monocromática,

Conheci uma garota, vestia uma calça e uma blusa preta, tênis roto nos pés nem grandes nem pequenos; era artista. O motivo de usar aquelas roupas tão escuras, era que absorvia todas as cores que depois vazavam em suas telas. Essa era minha menina monocromática que me roubou todas as cores e me fez novamente com novas, e pintavas nossos acontecimentos com cores fortes.
Minha menina monocromática que absorvia as cores à sua volta.
Algumas vezes eu a via tão perdida a examinar as próprias cores internas, as próprias idéias e os próprios mundos, e eu, a garota muda, observava a mim mesma; a garota em branco, para preencher com linhas por dentro.

"-As vezes acho que faltam cores, deveriam existir mais cores no mundo."
"-Estou querendo uma coisa que ainda não existe."