Diz com a cabeça
um pouco virada
para a esquerda
e os olhos cheios
( de lágrimas )
todo o seu esforço,
toda a sua vontade,
toda a sua chance;
se condecora de mártir.
A forma com que
te abandona,
que te usa,
que faz de você
um boneco
A forma que te
menospreza,
debocha.
E você presa,
mártir,
nessa cruz de amor.
Te fito sem compreender;
sempre vítima, vítima.
Ganhando, claro,
sua temática, sua arte, sua vida.
