Levantou, lavou o rosto e calçou o velho tênis, juntou as moedas para pagar a passagem do ônibus. Comprou o café do bar da esquina, servido em copo de requeijão, só consegui lembrar do que lhe esperava.
Fazia frio, as pernas e os braços a mostra. Apenas um documento, moedas, e uma bala no bolso.
A estrada longa, sem qualquer propósito, da distância que separava aqueles dois corações, diminuia, diminuia.
O sol se levantava.
Olhava os pés calçados em tênis gastos, pés calejados, sujos. Andava em direção ao amor, somente isso.
O sol a cegava-a, seu nome a ensurdecia, seus lábios a emudeciam.
