Os quatro olhos se cruzaram, se desviaram, emudeceram-se. Qualquer palavra que poderia sair pela íris foi sufocada, engolida.
Restava as quatro mãos que hora se enlaçavam, hora se desfaziam, fazendo de si mesmas exímias bailarinas de um tango argentino.
Não era o momento de tristeza, ou infelicidades. A alegria estendia-se em uma bandeija a sua frente; era apenas pegá-la, agarrá-la, amá-la. Como uma mãe no leito da amante, como duas pernas solistas.
Era uma perda interna, de si mesma para si.
Os quatro pés pisando-se e acariciando-se para cada qual seguir um caminho diferente.
Não era tempo de tristezas e melancolias.
