Sabia que seu coração batia com um endereço certeiro, e cada respirar poderia ser dedicado com uma singela frase proferida condensada em legitima verdade.
A amava mais do que qualquer outra coisa que já havia conhecido nessa terra; suas palavras, suas mãos e gírias que decoravam as paredes de sua vida, os desenhos retratando a felicidade e essas palavras dos apaixonados, que dizem tolices ao dormir e amanhecem como se esperasse algo maravilhoso do dia por ter alguém a chamar de seu, mesmo sem uma certeza jurídica disso.
Se acaso fechasse os olhos lembraria das pintinhas sorrateiras do seu em forma de coração, e de todas as memórias que lotavam as páginas do seu caderno sempre seu resquício.
Temia mortalmente o tempo e a distância, sabia que havia um canteiro a ser cultivado e talvez todo esse tempo o tivesse desgastado, seu coração contorsia-se e pulava de um picadeiro a outro afastando o medo das horas, dos dias, das semanas.
"Diga que me ama a todo momento/ Encha minha mente com histórias de verão/ Diga que precisa de mim com você/ Agora e sempre/ Prometa-me que tudo que você diz é verdade/ Isto é tudo que lhe peço"
