memória al mar
gritou mas era tarde.
Impregnada em corpo
concha grava
o barulho
cal cálcio curva
na criança pós-praia:
te lembra do balanço
nas águas,
a memória dos livros
que não te deixam:
a boca do mar engole
a sereia muda que
me olha fundo e lança:
-qual quem aqui está
a cravejar desejos
a mover silenciosa
as mãos-mar,
âncora que não
se joga e te faz ficar
ao sopro de poseidôn?
a cravejar desejos
a mover silenciosa
as mãos-mar,
âncora que não
se joga e te faz ficar
ao sopro de poseidôn?
e respondo
com tremores, remorsos
e gozo de menina comportada.