quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Eu sei que você não conseguiu o que queria, eu sei que tudo está completamente diferente do que a garota sonhadora imaginou, e você me diz já passou, já vivi, tenho total posse daquilo que não possuo, já que eu quem criou, isso me faz dona, não faz? E eu escuto, acho graça, te afago, te agarro, depois, sozinha, penso bem e começo a chorar por tudo que não te deu certo e que eu queria que tivesse dado, por tudo que eu segurei nas mãos e te agarrei pelos braços dizendo; vai dar certo, prometo. Prometo, então, de mãos vazias, olhos cansados e pensando, meu deus, porque deixá-la sofrer tanto? Qual propósito? E ela, parecendo entender tudo que penso me diz, intensifica poesia, cria nova, você vai ver. Finjo que acredito e depois ligo a música alta para não me escutar, para fugir de mim.
Pela poesia, então?