quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Acho que tem passado muito tempo triste, digo para ela e ela responde que é assim mesmo e quando eu menos vejo, sem me dar conta, sou eu quem chora no volante do carro e a pista cheia por todos os lados e fico esperando o inevitável que não vem, infelizmente, penso bem e vejo que eu mesma também estou triste há muito, algo como que sempre, ainda sem entender essa palavra, e vejo que alguns vocábulos me doem para sair da boca outros ficam presos nos meus dentes e eu já não choro mais, mas ainda continua um sentimento de oco dentro de mim; chego em casa todo remédios, cafés fortes, leio muito, até que chega em um ponto que tenho muito medo de continuar lendo pois parece que descubro coisas que não deveria, não ainda! e fecho tudo, me fecho, até que o sol por teimosia me invade e eu saio novamente para a vida, implorando por um desfiladeiro.
Mas a vida sempre segue com suas rodas esmagadoras.