segunda-feira, 20 de julho de 2009

Rastros

Maria, quando você foi embora achei que nunca apagaria seus rastros de minha vida já que estava em todas as folhas, em todas as canetas, na minha cabeceira, na janela, na pasta e nas cores, sobrevivi, contrariando minhas expectativas daquele dia em que me disse adeus e bateu a porta. A verdade é que sempre se sobrevive às despedidas; desidrata-se, mas passa um dia. Você virou toda minha poesia, e é sempre um coringa quando falta alguma idéia. Algum dia toda essa dor vai virar a mesma cor, só me basta por um nome.