Hoje morre uma das 11, e para lhe homenagear deveria fazer um texto fúnebre ou que enaltece-se sua reduzida existência de 4 meses.
Não lhe nego o esplendor incontestável, agradeço a poesia que trouxe e me colocou comida na mesa, nem que uma enxurrada de lágrimas caem dos meus olhos. Afinal, agora são apenas 10 e todas essas choram a perda da 11º, mesmo achando-a em muitos momentos ridícula.
Contudo, não lhe farei nada disso; nem soneto, nem crônica, nem elegia. Porque a mesma pode estar apenas adormecida, em coma. E algum dia vir a despertar novamente, saindo do período de incubação ao qual não é propício amar.
Vai doer essa espera. Eu sei.
Vai ser uma ferida exposta para sempre, e eu sempre vou lembrar de quem me fez essa 11º personalidade e escrever algumas linhas depressivas daqui a anos quando estiver sozinha.
Eu sei.
Agora, esse ano, até que eu esteja fazendo minhas malas para ir viver em Campinas, nada mais de amores para sempre, para toda a vida. Em luto por uma das 11, um luto que não se sabe se houve, realmente, a morte.
